terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ele está lá, dentro da minha mente.



O Fantasma da Ópera, sim. Ele está lá e aqui. Tenho seu livro, escrito por Gaston Leroux. Te conheço desde os meus 13 anos de idade. Hoje, tenho 26, faz teeempo que gosto de você. A cena é da adaptação feita em 2004.

Erik, que se esconde atrás da carcaça do Fantasma, desperta o desejo de Noelle, digo Christine, que guiada pela curiosidade, acaba deixando seu anjo da música enfurecido. Ás vezes, nossas fantasias precisam tomar uma forma mais concreta, eu a entendo, Christine. Precisamos saber se aquela película fantasiosa, aquela transparência esboçada se encaixa no real. Buscamos e buscamos. E eu adoro fazer isso. Hum. Eu te acho, Fantasma, igual àquela vez. Mas isso não vem ao caso agora. Désolé.

Por outro lado, eu entendo o Fantasma. Se ele for o Erik, não há fantasia. Eu sempre quis saber como é teu rosto, mas pensando bem, continue com a máscara. Não, não! Não é pela deformidade na tua face (um dos motivos que te levou a se transformar no Fantasma), é pelo desejo de querer saber quem é. Pois no fundo, a Christine não queria descobrir. Quando ela o fez, sua boba, percebeu que nada queria com ele. Ai, que chata! Mas que ela se balança pelo Mister Phantom, ah... sim. Eu sei que sim.

Entretanto, quando Christine tira a máscara do rosto dele, quem fala, não é a carcaça. Mas sim, o homem em que nela vive - Erik. Ele a chama de Pandora curiosa, de Dalila mentirosa, de víbora, de demoninho e a amaldiçoa. "Você aprenderá a ver e a achar o homem por trás do 'monstro'." - diz ele. E que belo monstro. Ao mesmo tempo que ele implora para ser amado do jeito que é, Erik não consegue se desfazer do Fantasma. Por quê? O que a deformidade no rosto dele representa? Insegurança? Afinal, o Fantasma é "o tal", tudo faz e tudo pode. Mas Erik, é apenas mais um mortal, como todos nós.

Tá cheio de questões aí, as quais eu não sei responder. Fui bem além dessa vez. E poderia escrever muito mais. Eu só sei que o Fantasma da Ópera é um dos inquilinos dos meus pensamentos. Ai, ai... [suspirão]

Segue abaixo o diálogo da cena. É linda a súplica que ele faz. E muito triste.

CHRISTINE: - I remember there was mist, swirling mist upon a vast glassy lake. There were candles all around, and on the lake there was a boat. And in the boat, there was a man... Who was that shape in the shadows? Whose is the face in the mask?

PHANTOM: - Damn you! You little prying Pandora! You little demon, is this what you wanted to see? Curse you! You little lying Delilah! You little viper, now you cannot ever be free! Damn you... Curse you...
Stranger than you dreamt it. Can you even dare to look, or bear to think of me? This loathsome gargoyle who burns in bell, but secretly, yearns for heaven, secretly, secretly. But, Christine, fear can turn to love. You'll learn to see, to find the man behind the monster. This repulsive carcass, who seems a beast, but secretly dreams of beauty, secretly, secretly. Oh, Christine...
Come we must return, those two fools who run my theatre will be missing you.

Um comentário:

  1. Cara Noelle, belíssimas palavras. Se me permites, o fantasma é um dos nomes do inconsciente. Um grande abraço, Ferrari.

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